O poeta e a saudade
A saudade é um fosso sem fim
Uma flor com espinho
Uma estrada distante que
A todo instante vive em mim
Uma viola com som do sertão
Que ficou cravado
No coração
Saudade é assim
Uma flor de amor
Que secou em mim
Uma estrada errante que não tem fim.
O poeta olha ao céu
E somente uma pequena estrela
Consegue vê.
Na imensidão
Da solidão do seu sofrer
Tudo é saudade
Não há brilho, não há luar
Somente noites escuras
Neste infinito esperar.
Saudade é o sol que queima
No vazio da solidão.
É viver sozinho
Na multidão.
É um tropeçar em sonhos
Sonhos que ficaram no meio
Do caminho
“Pois no meio do caminho tinha uma pedra
“Tinha uma pedra no meio do caminho”.