A CRUZ DA ESTRADA

Não voltaram, nunca  mais...
Nem eles, nem o caminhão,

 no acidente, morreram meus pais,
sós perante a vida, eu e um irmão...

No tempo, perdidos,
mas, encontramos proteção,
em lares desconhecidos...

Uma cruz, no mato abandonada...
Eis me aqui, na curva da estrada,
demorou anos, mas o lugar descobri...
Onde morreram, meus únicos amores,
para papai e mamãe, trouxe as flores,
que num distante dia prometí...

Uma dor sem fim...
Meus queridos genitores...
Aqui chamaram por mim....

Procurarei pela cidade, se existe, o jazigo,
e levarei na bagagem essa cruz, comigo,
para de papai e mamãe, sempre lembrar....
Desgraça, que acontece todos os dias,
acidentes, tema triste de minhas poesias,
mas e que gosto , da saudosa mãe falar...

Na tremenda distancia,
morreu mamãe, e as fantasias,
matou minha infancia...

Foram, mas deixaram a semente,
que lembrando de voces está aqui...
Mamãe, essa alma inocente
não consegue esquecer de ti....

GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 19/04/2012
Código do texto: T3622282
Classificação de conteúdo: seguro