O uivo do vento

O vento a sibilar me faz sonhar.

Me toca os pelos da perna,

E parece que alguém me observa.

Como o “Levante”,

Que lança as areias do Saara nos automóveis de Roma,

Me sinto levado, para longe daqui.

Como se minha alma fosse lavada,

A cada vez que ele toca minha pele nua.

Mexe com os meus pensamentos,

Minha cabeça, meu corpo já não me pertencem mais.

Em mim só fluem os sentimentos,

De alguém que não ficou – nem nunca ficará – para trás.

Esse alguém que sinto cada vez que escrevo...

Que me marcou com ferro em brasa.

Em meu peito e em minha mente fez morada.

E que a sinto toda vez que sinto o vento me levar.

Sinto seus braços ao meu redor,

Teus lábios a me beijar a face.

Teu cheiro, tuas mãos em meu enlace.

Me sinto bem melhor.

É como se você me chamasse,

Pelo uivo do vento em meus ouvidos.

Fecho meus olhos e lembro-me de teu sorriso,

E lembrarei sempre,

Pois não há distancia que separe,

Nem tampouco tempo que passe.

Pois sempre que o vento soprar,

Minha alma lavar,

E em meu corpo tocar,

Eu hei de te sentir aqui.

Não que eu precise de tudo isso para me lembrar de você.

Mas entenda querida,

Que toda vez que o vento uiva,

Eu escuto a sua voz que me sussurra,

Que você também me ama.

E fico surpreso ainda em saber,

Que és tão presente em minha vida.

E que todas essas coisas que passamos,

Sofrimentos e a distancia que pesa no peito,

Não importa.

E que somente somos aquilo de que somos feitos.

E a palavra é amor.

Pouco importa as letras impressas no papel,

Se estão boas, ou não...

Idem.

O que importa é a sinceridade,

E isso, foi – e sempre será – de coração.

E essa foi uma tentativa frustrada,

Que ainda árdua,

Não deve valer de nada.

Como uma sinfonia inacabada.

Mas saiba pequena,

Que eu queria ser poeta.

Saber fazer meus versos de amor,

E ter você como tema...

Marcos Tinguah Vinicius
Enviado por Marcos Tinguah Vinicius em 15/04/2012
Código do texto: T3614400
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