Aquele momento fúnebre, o vazio impera, a casa esta sozinha, não há barulho, o vento não passa, não a brisa nem solução, aquele momento mórbido nas mãos da depressão, uma carta escrita em papel branco lacrada a sete chaves encima da mesinha, jogada ao canto, solitária, sozinha, aguarda o leitor, as palavras são e serão apenas dor, pegue-me como carta que sou, leia-me e jogue-me ao chão, caia ao meu lado, mas caia calado coração, a vida aqui ignora, é tudo tão silencioso, faz esse momento menos ocioso, a casa vazia, sem alegria, sem coração, no canto jogado estou deitado ouvindo micro passos ritmado, ouço-me partir e não sinto meu coração, é despedida, é mais, é sal na minha ferida, deitado no cantinho morro aos pouquinhos, ouvindo vozes inaudíveis a nossa audição, morro aos poucos como mortal que sou, vou embora para a saudade, vou calado voando ao vento, devo ir não mais voltarei, estou ha muito partido, talvez já tivesse ido, parte de mim não percebeu, que morreu, sofreu agora fudeu, fui e não mais voltarei, as luzes estão acesas é tão real...
Caminhando minhas pernas doem, olhando meu coração me corroeu, deitado no cantinho a carta branca sobre a mesinha, talvez, mas somente talvez sejam palavras minhas, não é garantido, nada é fingido, pode ser, pode não ser, certa é a musica que programa seu replay para quantas vezes quiser, certos! Não sei dizer, vou embora dia desses para a ilusão do mundo obscuro, vou ouvindo, sentindo, chorando e imaginando a musica tocar, vou e não voltarei, o porquê nem eu sei...