Minha Vida (01-07-06)
 

 

Tudo neste mundo pode se modificar

Os astros, as espécies, o céu e o mar

Mas minha saudade é irrefutável, inexorável

Permeia minha pele, meus sentidos

Desfalece minha razão, dá asas à entrega, à emoção

Refloresce sobremaneira o jardim da existência

Regando de graças, sentimento juvenil que me enaltece

 

Vivo de amores, de rútilo, de passagens

Momentos profundos de êxtase corroem o corpo

Satisfazem a alma, o prazer e a luxúria...

Pecados imortais engrandecem o homem sem heresias

Saudade latente, intrépida, fugaz

Repousa os lábios sobre os meus, e arca comigo essa dor

Vem depressa, acode tua vida, és meu pesar!

 

Cresce em nós e nossa volta, marcas do tempo

Que já não volta mais, já é sem hora

Apaga a covardia do passado e engrandece o hoje

Pois ele será sempre mais quente e feliz

Embarcado na balsa dos sentimentos fraternos

E amorosos, como nunca, como jamais senti

Absolve este pobre poeta que não sabe viver...

 

Quando a gente se ama, ternura e afagos

Constante perene, brilho macio de teus olhos

Essa cútis morena que me encanta

Essa voz melodiosa que penetra meu ego, minhas frustrações

Este jeito criança, esta face racional e devaneosa

Transborda de vida o meu peito, dá o norte

Boreal e avante, para a construção da vida plena

 

Renovam-se os tempos, envelhecemos como o vinho

Redunda a juventude que desperta a cobiça

O desejo de posse, do seio materno ao social

Confio a ti minha existência, por dependência

Mais que ingênuo, não sabes caminhar...

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Adam Poth
Enviado por Adam Poth em 09/04/2012
Código do texto: T3603256
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