Às vezes...

 
Às vezes emaranho-me
Entre as vegetações da caatinga
Em busca de uma paisagem bucólica
Que me remetam ao um passado distante...
Às vezes matizado, as vezes em preto e branco
Às vezes sem cores e sem estampas!
 
Às vezes sinto vontade de apagar
As imagens recentes...
 
De violência cotidiana
De violência das maquina moveis
Da violência humana...
De noticiários  políticos
De subornos, de corrupção
De fraudes, de traição e de devaneios!
 
Às vezes sinto vontade extinguir,
As  drogas, a prostituição
Do nu explicito da amoral,
Do carnaval, da propaganda sub-liminar ,
Dos rótulos, dos defensivos agrícolas,
Dos anabolizantes, fertilizantes,
Do trafico de órgãos,
Da mutilação da guerra,...
 
Às vezes sinto vontade de andar
Pelas ruas de madrugada,
Olhar os casarões
E o os solares da minha cidade
Adormecido no tempo!...
Suas sacadas de portas fechadas
Guardando la dentro um passado!...
 
Às vezes sinto vontade de remexer
Em um passado...
De amor e ódio, de lutas, disputa
E cobiça ou até de traição!...
Também há aqueles que guardam
Historias de amor, de carinho e paixão!...
 
Às vezes da vontade de dizer...
Eu também vim de um passado
Cheio destas historias!...
De ilusões, de sonhos, de aventuras e desventuras!...
Também vivi, historias de  ódio, de lutas,
De infinito amor e de infinita paixão!...

Às vezes da vontade de dizer...
Eu Também vivi e sobrevivi 
A  todas as estas historias!...


 

Francisco Rangel
Enviado por Francisco Rangel em 06/04/2012
Reeditado em 13/04/2012
Código do texto: T3597561
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