PIRRAÇA
Ah! a saudade, a saudade!...
Essa dor – e não dói! - ,
quando perfura sem ponta
quase verruma, uma onda
a balançar no cair da tarde...
Esse agito de faz-de-conta,
doçura que gira e corrói
e abandona a alma tonta!...
A saudade, meu amor,
a saudade
possui canção de monta,
palavreado que afronta:
—Enlouquecer? Debalde.
Loucura de amor desaponta
o anseio por resistir sem o grito
da distância, da ausência, do infinito...
Tudo na raça,
quando tudo não passa
de pirraça:
a singela saudade.
Ah! a saudade, a saudade!...
Essa dor – e não dói! - ,
quando perfura sem ponta
quase verruma, uma onda
a balançar no cair da tarde...
Esse agito de faz-de-conta,
doçura que gira e corrói
e abandona a alma tonta!...
A saudade, meu amor,
a saudade
possui canção de monta,
palavreado que afronta:
—Enlouquecer? Debalde.
Loucura de amor desaponta
o anseio por resistir sem o grito
da distância, da ausência, do infinito...
Tudo na raça,
quando tudo não passa
de pirraça:
a singela saudade.