Chove...

Sobre as pálpebras de mim, cai a mais fina garoa...

Que inunda meu pranto, e funde-se ao inacabado momento...

Eu não entendo a proporção do todo e choro mesmo...

Debaixo do sol, que agora, está camuflado por nuvens...

A rotina dos outros está intacta, andam vasculhantes e nauseados...

Mas nem sabem que tal náusea é causada por sua robótica...

E inenarraveis sensações abundam em meu ser...

Chove sim, e agora o dia é londrino, aqui no Rio...

Que hoje não é mais de Janeiro, mas de um fevereiro cáustico,

amargoso, sem viço, onde há martírios em praças públicas...

Cheias de Upps...

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 04/03/2012
Código do texto: T3534211
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