HOJE EU TÔ DE BOBEIRA
Clara da Costa
Hoje eu tô de bobeira,
meus olhos distantes sobram na solidão,
minh'alma foge de mim sem eira nem beira
e vai dançar nas esquinas do mundo.
A lua se veste de cinza,
as estrelas se escondem caladas,
num silêncio confidente,
feito fantasmas assustadas.
Hoje eu tô de bobeira,
deixando a saudade dar o ar de sua graça,
que chega, sem pedir licença, cheia de graça.
Senta-se ao lado, canta uma canção de ninar,
ouvimos o murmúrio do mar,
e... choramos abraçadas.
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