HOJE EU TÔ DE BOBEIRA

Clara da Costa

Hoje eu tô de bobeira,

meus olhos distantes sobram na solidão,

minh'alma foge de mim sem eira nem beira

e vai dançar nas esquinas do mundo.

A lua se veste de cinza,

as estrelas se escondem caladas,

num silêncio confidente,

feito fantasmas assustadas.

Hoje eu tô de bobeira,

deixando a saudade dar o ar de sua graça,

que chega, sem pedir licença, cheia de graça.

Senta-se ao lado, canta uma canção de ninar,

ouvimos o murmúrio do mar,

e... choramos abraçadas.

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Clara da Costa
Enviado por Clara da Costa em 29/02/2012
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