Louros de uma Comunhão
Feito um piano em sol maior,
Chega-me nas mais belas cores,
Preenchendo minhas pautas
Estes avessos aveludados no peito,
D’onde um relicário guarda o gostar etéreo!
Na essência das letras,
A saudade tatuando o poema,
Amenizando a dor, a melancolia
Do silêncio, fazendo desta noite cinza e sem luar
Alquimia pelos alvos altares do sentir!
Ao fechar os olhos,
Tudo reflete à poesia floral
Pairando em lamentos rútilos, escritos
Sob o divagar das borboletas que colheram o pólen
Semeando graça e louros de uma comunhão!
Ouvindo o recitar do vento,
Lapidando pedras, construindo castelos,
Entrego-me ao pranto pequeno
Cantando em preces este amor
Que ainda dança pelos meus quintanais!
Auber Fioravante Júnior
25/02/2012
Porto Alegre - RS