A tua ausência
A tua ausência me invade o peito,
uma negra sombra me faz prisioneira.
Que lindo estar nos teus braços daquele jeito,
tão tua, menina, mulher, inteira.
Momentos de ternura que não passam,
amor e paixão de almas que se abraçam.
Ainda sinto o gosto de teu beijo
e o eco da voz enternecida de desejo.
Tenho crivado na alma aquele olhar
que, mudo, disse-me tanto amor,
levando-me a sonhar,
debruçando-me em teu torpor.
Agora, deito-me na saudade,
encolhendo-me na dor que me invade,
no frio vazio da espera infinita de ti,
guardo-me da vida, reclusa, aqui...
Onde me tens,
sempre, até quando não vens...
Lídia Sirena Vandresen
(03.05.08)