A tua ausência

A tua ausência me invade o peito,

uma negra sombra me faz prisioneira.

Que lindo estar nos teus braços daquele jeito,

tão tua, menina, mulher, inteira.

Momentos de ternura que não passam,

amor e paixão de almas que se abraçam.

Ainda sinto o gosto de teu beijo

e o eco da voz enternecida de desejo.

Tenho crivado na alma aquele olhar

que, mudo, disse-me tanto amor,

levando-me a sonhar,

debruçando-me em teu torpor.

Agora, deito-me na saudade,

encolhendo-me na dor que me invade,

no frio vazio da espera infinita de ti,

guardo-me da vida, reclusa, aqui...

Onde me tens,

sempre, até quando não vens...

Lídia Sirena Vandresen

(03.05.08)

Lídia Sirena
Enviado por Lídia Sirena em 25/02/2012
Código do texto: T3519347
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