MINA D`ÁGUA
GILBERTO BRAZ ALMEIDA
“Mina d’água,
mina d’água.
Lá no fundo do grotão
corria manso o ribeirão.
Mina d’água,
mina d’água.
Dos arvoredos ao lado,
dos sabiás e das rolinhas,
da passagem escorregadia,
de tantos rastros cansados...
Mina d’água,
mina d’água.
Em teu barranco enfeitado
de samambaias
de avencas
e de musgos.
Em tua bica murmurante
quantas vezes matei
a minha sede”?