Saudade

A saudade que faz o poeta

Voltar ao passado

Saudade que nunca tem fim

Que mata e tortura

E que tem espinho.

Saudade que se faz do ausente

Das flores e do verde

Da vida presente

Que se foi

Com as águas do rio, nas cursas

Das lágrimas que o poeta sonhou

Saudade do sol dos seus beijos

E de todos os desejos

No quente verão

O vento soprava o silêncio

Da nossa canção.

Que hoje somente saudade

Ficou

Do amor a solidão.

E a saudade virou rima e poesia

Inspira o poeta em sua agonia