Exuberante E En-Cantante Natureza - à Mamãe que gostava das flores !

Os meus campos eram floridos, minhas matas verdejantes,

Morte caminhando lenta, sobra tempo, em tempos dantes.

Mata do Coelhinho, já foi tema, existem outras, não sei se mais existem...

Da Água Azul, mata escura, onde o verde existia e os animais também.

Em tempos de estiagem, o cuidado redobrado com o fogo a qualquer hora,

Foice, enxada, facho à mão, quem ainda não chorou, chora agora!

Nem elas se importavam com espécies cultivadas

Rosas, hortências, margaridas sempre muito consagradas,

Pra que gastar muita coisa, se ali há flor do campo,

Achada em espaço amplo, mesmo à beira da estrada?

Já muitas vezes colhi aquelas florzinhas belas,

Vou levar pra minha Mãe, que tem encanto por elas!

Desde os tempos da escola o assunto sempre vinha,

Mas ficou adormecida a consciência que tinha,

Quando li belo soneto do Humberto, que, por sorte,

Era de Campos. Foi ali que descobri Colibri, Araponga. O Uirapuru,

Este cantor mavioso, reunindo seus ouvintes naquelas matas do Norte,

No salão da natureza, de encantadora beleza, só ouvirá seu cantar quem suporte!