Ontem...
Quanto tempo já passou desde o último outono?
Não há recordações para se falar,
Apenas areia e mar...
Poderia viver as horas tão incomuns daquele dia,
Momentos que passavam sem serem percebidos,
E no fim do dia, sonhar com cada minuto.
Parecem que foram arrancados de mim,
Como se sua existência fosse apenas um sentido desconhecido,
Algo que faz minha memória olhar para a mesma direção,
Onde não se consegue adormecer...
O lugar da tênue linha entre os sonhos e os piores pesadelos.
Sinto-me atraído por esses pesadelos estranhos,
Haveria alguma resposta dentro deles?
Alguma palavra que pudesse explicar?
Poderia trazer de volta aquilo quem perdi?
Queria poder atirar-me nesse precipício,
Onde não poderia mais voltar,
E continuar me perguntando quanto tempo já passou desde ontem...
E alguma voz estranha poderia me dizer:
"Dias, meses, anos..."
Estaria lá se desejasse ir...
Ou buscá-la se realmente a amasse,
E só consigo correr para longe dela,
Mas a distância a torna mais perto de mim...
Paro... Para onde irei?
Queria poder ouví-la pela última vez,
Volto a correr...
Amanhã estarei ouvindo ela dizer: "adeus".