Os mil dias de saudade

Faz tão somente silentes mil dias

Que partistes da face desta Terra

E eu, cabrito do bom, que pouco berra,

Pus-me a viver em distinta utopia.

Fantasio, tão só, reencontrá-la.

Em um ponto distante do caminho.

Permaneço esperando tão sozinho,

Junto à fé cuja dor jamais abala.

Mas a morte embrutece, é um monstro, é horror,

E destrói toda a vida, urra e apavora,

A ilusão já se esvaí na curta estrada.

Sob o pó há mil dias, só, jaz enterrada,

E eu, descrente, já hesito, muito embora,

te vislumbre ainda...Olá querida, oi amor.