O Vento.

O vento,

Uiva entre as folhas,

Entre as folhas

Faz um desabafo

Fala do seu amor impossível

Amor não declarado.

O vento,

Uiva entre as folhas,

Chora descontrolado,

Desiludido do amor

Do amor abandonado.

O vento,

Uiva entre as folhas,

Se debate, chora desenfreado,

Grita de dor e angústia,

Pelo amor, desesperado.

Uivando,

O vento entre as folhas,

Chorando desesperadamente,

Gritando pelos os amores,

Que passam pela vida da gente.

Vento,

Uivante vai passando,

Por ali e por aqui,

Vá, girando ao redor do mundo,

Mas, traga os amores, enfim.

Chora,

Chora vento uivante,

Arranca dos amores as mágoas,

Leva, para longe as tristezas

E trata alegrias as nossas almas.

Traga vento,

A alegria aos corações,

Que sofrem os males dos amores,

Amores tristes e desesperados,

Amores que só causam dores.

Dores,

Tão desvairadas,

Dores tão sofridas,

Dores e prazeres,

Dores, amores e vidas,

Dores de certa forma amada,

Dores, as vezes querida.

São dores que passam,

São dores existenciais,

São dores naturais,

São dores dos amores,

Amores ou dissabores,

Coisas

Que parecem horrores

Mas, é algo superior,

Amor arrasador, esmagador,

Amor, amor e amor,

Ou ódio, vingança e horror.

Vento uivante

Vento andante,

Responda-me, por favor,

Tudo isso é amor?