Serpente

Palavras que se arrastam graciosas

Nas areias brancas do papel

Versos que se escondem do sol

E te buscam feito presa

Quando a luz se vai

Lápis afiado, presas à mostra

Inoculam em tua lembrança

As alegrias e dores de uma vida

E escorrem da brochura

Quando a mão se cansa

Furtivos sonetos te tomam a vida

Quando a fome da criação explode

Garganta e corpo em expansão

Escamas que buscam o espaço da página

E do veneno não podes mais escapar....

Luís Carlos Pileggi Costa
Enviado por Luís Carlos Pileggi Costa em 13/01/2007
Reeditado em 23/04/2007
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