Ah, minha princesa...
Ah, minha princesa, que beleza!
Vamos colocar as cartas sobre a mesa.
Vamos falar de mim e de você.
Vamos falar de ausência.
Sim, vamos falar da dor que faz a sua ausência.
Sim, vamos falar da alegria perdida, quando eu me perdi de você.
Sim, vamos falar de partida.
Vamos falar da dor que senti quando da tua pertida.
Sim, vamos falar de lágrimas.
As lágrimas que meu coração ainda choram por ti.
Porque por mais que caminhe em frente, ainda há o fantasma de sua presença sempre presente.
Oh, como dói a ausência de quem sempre foi mais que um anjo para mim!
Sim, porque só você podia ler minha alma e entender o sentimento mais profundo que sempre guardei no peito.
Sim, só você entendia minha dor, e só você aceitava minha dor.
Sim, só você me amava do meu jeito, com meus defeitos e qualidades.
Sim, você me entendia, me aceitava e me amava exatamente assim, do jeito que sou, com minhas qualidades e defeitos.
E agora que se foi, sim, agora que se foi...
Meu Deus, porque só agora eu dei o devido valor para o que rolava entre nós.
A sintonia da alma.
O entendimento profundo: o encontro de almas sonhadoras.
É mais você partiu, ou será que fui eu que parti?
Não, eu não sei mais quem foi que partiu primeiro.
Não, eu não sei porque nos perdemos um do outro.
Não, eu não sei.
E talvez jamais saberei, mas o que sei é jamais te esquecerei.
Não, eu nunca poderei te esquecer.
Porque enquanto viver você sempre estará em meu coração.
Sim, sua lembrança nunca mais sairá nem do meu coração, nem de minha alma.
Porque eu te tatoei onde ninguém pode ver: eu tatoei sua imagem em minha essência, em meu ser.
Sim, enquanto eu viver, você dentro de mim sempre estará: a amiga que se foi, amante que nunca pode ser e o amor que nunca pude te contar.
Ah, o amor que eu nunca pude demonstrar, porque eu nunca soube o que era amar.
Sim, eu nunca soube o que era amar, e não, eu nunca soube como é ser amado.
Mas, não chore por mim.
Não, princesa, não chore por mim.
E onde quer que esteja quero que se lembre de mim com alegria.
Porque um dia eu ei de ser apenas poesia.
Sim, um dia eu ei de ser apenas poesia.
Aí eu não sentirei mais dor nem sofriemento.
Sim, porque minha alma mutilada haverá de encontrar uma suporte e aí quem sabe, eu possa viver somente na luz e esquecer de vez as trevas.
Ah, mais que saudade de ti!
Que saudade de nossas conversas que tanto me aliviavam a solidão.
Pois, que agora nada mais sobrou para mim, além dessa fria e triste escuridão.
E não, não existe mais calor e nem amor no meu coração: sim, porque agora só há a solidão, apenas e somente a solidão.