venha
Venha e me diga que a saudade bateu na sua porta.
Chegue bem devagar, recoste no meu peito e derrame seu pranto se quiser; porque tenho dois ombros cá à sua espera.
Vamos deixar que as horas passem sem pressa enquanto mergulhamos fundo em nós.
Vamos deixar que a chuva caia e forme poças nas ruas desertas.
Deixe que o vento sopre,
que as palavras se percam,
que as folhas caiam,
e que os laços se tornem ainda mais profundos.
Venha!
Deixe de lado este orgulho, esta vergonha e a vaidade que por tantas vezes nos deteve.
Deixe que eu leia o "eu te amo" nos seus olhos e o desejo em seus lábios.