AS MÃOS DE QUEM DEU VIDA
Nas mãos calejadas da vida
O pano em branco recebe o carinho
A agulha a linha desenha sonhos
Na mão de quem já deu flores
Borda coloridos caminhos
Que o próprio tempo te levará
Entre flores e espinhos
Que deixam feridas não vistas
Olhos atentam ao trabalho
Na real fonte da vida
Sem diploma escolar
Mas mestre na escola da vida
Traça em cada ponto
O bordado da verdadeira filosofia
Em meio a lutas e sonhos
Teus sonhos ainda estão adormecidos
Na flor que borda no pano
Traz a esperança da felicidade
A agulha a linha o pano em branco
Que com amor do teu amor
Desenhou o nome de quem chegou
Laís, Luiz, Luiza
Muito pouco admirou
Mas deixou em cada um
Tua marca com a linha
E a agulha que amor bordou
As mãos de quem deu vida
O tempo maldoso chegou
Teus olhos fecharam
Para o infinito descanso
Mas que ainda me guia
Estrela mais linda
Que na noite brilha...