Nasceu um poema na estrada,
o sol se punha, a lua vinha, eu ia...
vagava por meus silêncios,
esparramava meus olhares
e devorava paisagens.

Uns pensamentos lentos
Uns atentos, outros nem tanto,
Uns violentos, outros sãos,
Uns amenos e outros menos...
Uns muito belos, outros nem tanto.
 
Saudade de tuas palavras
a roçar-me a alma por dentro
em suas ocas cavidades mais vazias
e essa imaginação que vadia no tempo.

Saudade de um profundo estremecimento
e talvez de um qualquer esquecimento,
de ser ferido por uns olhares atentos
e de ser morto por estes silêncios sangrentos.

Saudade desses teus furiosos ventos,
de suas fúrias sem nenhum intento,
de uns pecados que só eu invento
e com o nada com que me contento,
saudade de ter nenhum pensamento.

Saudade (sempre) de outros tempos,
dos tempos de teus beijos amenos,
de teus pequenos carinhos serenos,
saudade de todas as saudades,
das coisas idas em fins de tardes,
como histórias ditas em palavras
que ainda me roçam a alma por dentro...
Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 19/12/2011
Reeditado em 19/05/2021
Código do texto: T3396129
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