Poços de Caldas

Bem sei das estátuas

que descem dos pedestais

e caminham entre as Caldas,

nas alamedas do teu jardim.

E das outras, que refletem

a cigana noite

em Poços adormecidos;

pudesse, eu queria te ninar,

como disse o *Poeta.

E acariciar as matas

que te ornamentam

como ciros e cílios

de teu nobre olhar.

Banharia meu corpo cansado

no morno rio que tuas entranhas

escondem.

Banharia minha alma exausta

na certeza de ter

voltado ao ninho.

* da Poética de Vinicius de Morais.