Quintal de mim...
Quando tudo
parece perder-se...
à minha volta...
Também busco o canto...
das aves que cantam...
em minha pátria, mãe gentil.
Rapidamente...
Tiro do bolso...
a minha criança.
E ela rodopia...
Em volta da pitangueira...
Do quintal de minha infância.
Isolo-me e sonho... apenas sonho bom.
E eu... nem quero sair de lá.
Volto... com os meus pés cortados...
Mas continuar... é preciso.
Às vezes, dói. E choro.
Karla Mello