Sonata de outono
Quando o apito de um trem
Vem zunir nos meus ouvidos,
No vai e vem, faiscando trilhos,
Eu me lembro de você.
E da janela, colinas, matas, passarada,
Um riacho, cascata, um barulho d'água,
Imagens distorcidas, nunca apagadas,
Eu me lembro de você.
No vagão restaurante, tanta gente,
Eu só vi você na minha frente,
Olhos verdes num sorriso cor carmim.
Uma noite, uma Sonata de Outono,
Movimentando-se pelos anos,
Que jamais eu esqueci.