A Avenida da Saudade
Hoje eu andei pela avenida da saudade
E encontrei tudo atrapalhado, tudo diferente
Os lugares em que passei, estavam desolados
Parecia que por ali havia passado um furacão
Era triste demais, não tinha animal, não tinha gente
As arvores da avenida eram secas sem flores
Sem iluminação, sem enfeite, sem aquele ar de suspense
Pela avenida da saudade ficou meu coração machucado
E um tanto atrapalhado, completamente sem emoção
Vou andando sem rumo, sem lamento, atordoado até que eu pense.
A avenida da saudade é escura mesmo, um tanto nebulosa
A gente balança e às vezes cai, se levanta e caminha
De repente olha, mas quase não enxerga, segue sem rumo
Sofre a dor de quem padece, sofre um tanto sem paixão
Sofre pelas coisas que perdeu, lamenta por tudo o que tinha.
De vez em quando se sonha, mas tudo é meio confuso
Na realidade pensa estar acordado, se esquece da hora
Não se tem fome nem sede, se alimenta de esperanças
Tem vezes que fica doente, mas ainda há confiança e sedução
Pela avenida a gente quer cantar, uma canção pra acalmar, mas, no entanto a gente chora.
Que triste sina se leva, quando não se tem amor
Que avenida desgraçada, que a marca no peito é nada
Uma dor sem solução, que ninguém consegue entender
Pela avenida se caminha em vão, parece que nunca chega, que mera ilusão
Oh coração que incendeia, alma e mente exposta, rica, mas aprisionada.