A Avenida da Saudade

Hoje eu andei pela avenida da saudade

E encontrei tudo atrapalhado, tudo diferente

Os lugares em que passei, estavam desolados

Parecia que por ali havia passado um furacão

Era triste demais, não tinha animal, não tinha gente

As arvores da avenida eram secas sem flores

Sem iluminação, sem enfeite, sem aquele ar de suspense

Pela avenida da saudade ficou meu coração machucado

E um tanto atrapalhado, completamente sem emoção

Vou andando sem rumo, sem lamento, atordoado até que eu pense.

A avenida da saudade é escura mesmo, um tanto nebulosa

A gente balança e às vezes cai, se levanta e caminha

De repente olha, mas quase não enxerga, segue sem rumo

Sofre a dor de quem padece, sofre um tanto sem paixão

Sofre pelas coisas que perdeu, lamenta por tudo o que tinha.

De vez em quando se sonha, mas tudo é meio confuso

Na realidade pensa estar acordado, se esquece da hora

Não se tem fome nem sede, se alimenta de esperanças

Tem vezes que fica doente, mas ainda há confiança e sedução

Pela avenida a gente quer cantar, uma canção pra acalmar, mas, no entanto a gente chora.

Que triste sina se leva, quando não se tem amor

Que avenida desgraçada, que a marca no peito é nada

Uma dor sem solução, que ninguém consegue entender

Pela avenida se caminha em vão, parece que nunca chega, que mera ilusão

Oh coração que incendeia, alma e mente exposta, rica, mas aprisionada.

Irdos Pereira
Enviado por Irdos Pereira em 29/11/2011
Código do texto: T3363228
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