Lençóis de lamúrias
Lençóis de lamúrias
Marcos Olavo
Você nesta praia tão triste,
Tomando um banho de sol,
Contemplando lençóis de lamurias,
Neste dia de névoa atrasada.
Esta praia tão sozinha,
A espera de nós dois,
Que nada é noite
E o dia é ausente.
Dia estranha deusa grega,
Recebendo ligações afora,
No apelo da tristeza visita,
Que anda sempre em despedida.
O vento balança com a corrente,
Aprisionada na solidão em horas perdidas,
Querendo acontecer algo tão perfeito,
Em gritos mudos no desespero.
O agredido sol na façanha,
Em perto de todos nasce,
O melhor chuvoso tempo,
Quebrando todo o silencio.
Uma violência ainda não vista,
Pelo um olhar sincero e honesto,
De todos os poetas agressivos,
Por ausência lírica dos inocentes.
Somos cegos diante de tal beleza,
Jorrada na face de todos,
Que ainda não querem saborear,
Da arte desenha do mar.
Visto assim o tudo quer deusa,
Na pincelada dada pelo o imaginar,
Da obra de arte carente,
Banhando tudo que existe.
Vontade teve de conhecer,
A dança dos lençóis quentes,
No abraço infinito dito,
Pela a voz distante.
Escrito por: Marcos Olavo
Nota: Perceba deusa grega - Estou triste ainda!!!