FADO CADENTE E INFINITO
A noite estrelar insere o poeta
Na brisa que desabrocha nas linhas
E nas curvas das estrelas tão contidas
Pequenininhas, imperceptíveis
Nascem as poesias recantistas
As estrelas são a existência do poeta
É luta, é criação e fala
É combate, é beleza e ternura
É claridade consciente
Mas é no gosto dos desejos torturados
Na aventura e das correntezas
No gosto infinito das respostas
Qualquer coisa que flutua
Como fado cadente e infinito
Descobrem-se que todos poetas
Tem várias estrelas no universo
Mas que rouba-nos a luz
E já não podemos dizer mais nada!