O Cantar dos Passeriformes
Do Meu Sertão...
O acordar com os canários caboclos
Que logo arribam dos laranjais...
Na cana-fistula canta o cabeça-fita,
Na laranjeira o sabiá
Na carnaúba a graúna
Na oiticica o pequeno gavião
Lá conhecido com o malvado carcará
No oitão de cima meu canário da terra
Que faz dali o seu morar...
Na ponta da estaca
O acrobático tiziu
Que salta verticalmente ao cantar.
Ainda tem o golinha
Que embora Pequeno
Canta para arrebentar...
Não esquecendo a rolinha
Tão doce...
Tão tímida quanto o seu canto,
Que encanta quem a ouve cantar...
Que lindo é o canto do rouxinol
O pequeno cibiti...
Ágil, que pula de galho em galho
Sem bater assas pra voar...
Beija-flor se canta isto não posso afirmar
Mas voa como ninguém neste planeta
Entre a terra o céu e o mar...
Os bem-te-vis, corrupiões, azulões
Periquitos e jandaias...
Anuns, brancos e pretos.
Casacas-de-couro, trinca-ferros
São os pássaros do meu lugar...
Não são silenciosas as manhãs
Graças ao encanto do passaredo
Que arribam tão logo cedo
Quando vê o sol chegar...
Só fica naquelas bandas
Quem um dia caiu em alguma Armadilha
Também chamada de alçapão,
Ou infortunadamente
Foi arrancado de seu ninho
E teve como destino prisão domiciliar...
Também chamada de gaiola
Ou no Maximo gaiolhão...
Que como criminoso
Vai ver a vida Passar através das grades
Entre um poleiro e outro
E mesmo assim ainda canta
Para o seu falso ou pretenso dono...
Sem saber que dele pode vir
A maldade humana e
Que sem pestanejar
Poderá vendê-lo ou trocá-lo
Por uma garrafa
Ou apenas um gole de cachaça...
No raiar do dia...
Rasgam os céus do meu lugar,
Pássaros pretos, brancos, pardos.
Amarelos, pintados,
Monocolores, bicolores, tricolores
Lindos pássaros do meu lugar...
Saudade da minha infância
Saudades do meu lugar
Onde via pássaros nas cercas,
Na carnaúba, na oiticica em todo lugar...
Com era linda os seus sonoros cantar...
Com eram lindos o passaredo
Do meu lugar...
Francisco Rangel
Russas 10/06/2010
Do Meu Sertão...
O acordar com os canários caboclos
Que logo arribam dos laranjais...
Na cana-fistula canta o cabeça-fita,
Na laranjeira o sabiá
Na carnaúba a graúna
Na oiticica o pequeno gavião
Lá conhecido com o malvado carcará
No oitão de cima meu canário da terra
Que faz dali o seu morar...
Na ponta da estaca
O acrobático tiziu
Que salta verticalmente ao cantar.
Ainda tem o golinha
Que embora Pequeno
Canta para arrebentar...
Não esquecendo a rolinha
Tão doce...
Tão tímida quanto o seu canto,
Que encanta quem a ouve cantar...
Que lindo é o canto do rouxinol
O pequeno cibiti...
Ágil, que pula de galho em galho
Sem bater assas pra voar...
Beija-flor se canta isto não posso afirmar
Mas voa como ninguém neste planeta
Entre a terra o céu e o mar...
Os bem-te-vis, corrupiões, azulões
Periquitos e jandaias...
Anuns, brancos e pretos.
Casacas-de-couro, trinca-ferros
São os pássaros do meu lugar...
Não são silenciosas as manhãs
Graças ao encanto do passaredo
Que arribam tão logo cedo
Quando vê o sol chegar...
Só fica naquelas bandas
Quem um dia caiu em alguma Armadilha
Também chamada de alçapão,
Ou infortunadamente
Foi arrancado de seu ninho
E teve como destino prisão domiciliar...
Também chamada de gaiola
Ou no Maximo gaiolhão...
Que como criminoso
Vai ver a vida Passar através das grades
Entre um poleiro e outro
E mesmo assim ainda canta
Para o seu falso ou pretenso dono...
Sem saber que dele pode vir
A maldade humana e
Que sem pestanejar
Poderá vendê-lo ou trocá-lo
Por uma garrafa
Ou apenas um gole de cachaça...
No raiar do dia...
Rasgam os céus do meu lugar,
Pássaros pretos, brancos, pardos.
Amarelos, pintados,
Monocolores, bicolores, tricolores
Lindos pássaros do meu lugar...
Saudade da minha infância
Saudades do meu lugar
Onde via pássaros nas cercas,
Na carnaúba, na oiticica em todo lugar...
Com era linda os seus sonoros cantar...
Com eram lindos o passaredo
Do meu lugar...
Francisco Rangel
Russas 10/06/2010