invisível SAUDADE COMO NUNCA
(Sócrates Di Lima)

O tempo passa,
Os dias,
As horas,
Os minutos...
E os segundos parecem intermináveis.

Sem rimas,
As palavras ecoam,
Voam,
Pássaros de mim.

E lá distante,
Já não sei se dentro dela existo,
Se o caminho seguiu a outra direção,
E eu prostro-me na bifurcação da minha saudade.

Então a brisa traz de algum lugar,
A fragrância dessa saudade,
E sem a lua para abraçar,
Me perco e me encontro no meu silêncio.

Olho ao longe,
Avisto a estrada,
Olho dentro de mim,
Apenas um caminho interrompido.

No céu as aves anunciam ,
Que a tarde chega sorrateira,
Levando-me ao caminho da noite,
Pela janela vejo meus sonhos indo embora.

Então abraço a lua refletindo no espelho que toma a parede,
E triste de mim, penso nela.
E deixo a saudade de abraçar,
Fazendo-me adormecer no colo da noite que me acompanha.

Mas nada me alegra,
Pois, minha amada não está aqui,
Basilissa é meu amor, minha entrega,
E triste aqui, por eu não estar com ela, ali. 



 

 
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 19/11/2011
Reeditado em 06/02/2012
Código do texto: T3343963
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