Árvore dos Sonhos
Saudades de ti AMEIXEIRA!
Com teus frutos eras toda amarela.
No frio, tão bela!
No fim, quão verde.
Nunca singela.
Aos meus doze
separaram-nos.
Fiquei sem teu doce fruto
-meus sonhos-
Lembro-me daqueles anos que vivi
ora sob tua ramagem
ora sobre teus galhos.
Em teu braço cordas para a gangorra
que embalava devaneios de criança.
Em outro, a minha corda firme – nunca bamba - ou meu trapézio.
Na copa, o meu navio em que eu lhe transformava.
Ou o farol de onde eu observava toda vizinhança.
Sempre será a minha árvore
que frutifica saudades e sonhos
-e este sempre, lhe juro, será para SEMPRE mesmo.
(os sempres sempre acabam, fato)
L.L. Bcena, 07/06/2000
POEMA 551 – CADERNO: GUERRA DOS MUNDOS.