SAUDADE COMPANHEIRA
(Sócrates Di Lima)
A saudade é companheira,
Na distância da mulher amada,
É como se fosse mensageira,
Da saudade da namorada.
A saudade é ligeira,
Não perde tempo em ficar,
Quando quer ir embora, fse prostra na soleira,
Esperando pra poder outra vez ocupar seu lugar.
E quando a saudade quer voltar
É porque a distância esta pra chegar,
Mas nada que não se possa compensar,
Nas chamadas do celular.
E não adianta,
Quem ama vive esse dilema,
Quando ela vem a saudade espanta,
E quando ela vai, a saudade vira poema.
A saudade não é bincadeira,
É osso duro de roer,
Mas, de qualquer maneira,
Sem saudade não se pode viver.
Olhar pela janela,
Pra sentir a brisa da tarde chegar,
Trazendo as lembranças dela,
Quando a saudade chegar.
Minha saudade tem nome quadriplicado,,
Maria, Basilissa, véia e nêga,
Em qualquer forma eu me sinto agraciado,
e não me importo quando a saudade chega.
E pra falar a verdade,
Basilissa é minha saudade inteira,
Ela chega sempre ao final de tarde,
por isso a saudade é minha companheira.