Sabiá-Laranjeira...
Sabiá,
aonde andaste?
Por onde voaste?
Que saudades,
Sabiá! Que saudades!
Andei por terras vizinhas,
por montanhas igualzinhas.
Por dias sem horas
e horas sem dias.
Noites de estrelas
sem luazinhas.
E que outras terras distantes
vizitastes?
Acaso foi às nuvens
como me falaste?
Ah! Sabiá!
Eu voei no pensamento
em busca de alegria,
em busca de ilusão.
Colhi manga,
bebi água
na palma da minha mão.
Nem senti meu coração...
apenas n'alma,
uma canção.
Chilreando, como tu
fazias...
Na aurora dos meus dias,
meus dias de criança,
Sabiá deixou lembrança.
Lembranças de uma menina.