Sabiá-Laranjeira...

Sabiá,

aonde andaste?

Por onde voaste?

Que saudades,

Sabiá! Que saudades!

Andei por terras vizinhas,

por montanhas igualzinhas.

Por dias sem horas

e horas sem dias.

Noites de estrelas

sem luazinhas.

E que outras terras distantes

vizitastes?

Acaso foi às nuvens

como me falaste?

Ah! Sabiá!

Eu voei no pensamento

em busca de alegria,

em busca de ilusão.

Colhi manga,

bebi água

na palma da minha mão.

Nem senti meu coração...

apenas n'alma,

uma canção.

Chilreando, como tu

fazias...

Na aurora dos meus dias,

meus dias de criança,

Sabiá deixou lembrança.

Lembranças de uma menina.

MIRAH
Enviado por MIRAH em 09/11/2011
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