Madresita mia
Minha mãe era uma mulher delicada
Tinha a fragilidade da flor
O brilho do cristal
E a força do aço.
Era capaz de sutis gentilezas, mas também
De palavras cortantes e de atos heróicos.
Ela sabia apreciar as boas coisas da vida...
O frescor da manhã e o prenúncio de novo dia
O brilho da noite e a contemplação das experiências vividas.
Aos amigos e familiares sempre tinha palavras de ânimo
E os braços estendidos prontos a ajudar
Cantava como passarinho recém saído da gaiola
Seu repertório era ‘dez’!
Gostava de flores e até podia ser considerada uma espécie: Sempre-viva!
Com suas mãos grandes e fortes, transformava uma comidinha simples em banquete de alegria e gratidão a Deus
Mamãe era uma menina sonhadora...
Pensava em vestido de noiva, príncipe encantado...
Da mesma forma, adulta realista, enfrentava a desilusão
Com a coragem dos guerreiros sempre prontos para uma nova batalha.
E sorria. Como minha querida sorria!