Madresita mia

Minha mãe era uma mulher delicada

Tinha a fragilidade da flor

O brilho do cristal

E a força do aço.

Era capaz de sutis gentilezas, mas também

De palavras cortantes e de atos heróicos.

Ela sabia apreciar as boas coisas da vida...

O frescor da manhã e o prenúncio de novo dia

O brilho da noite e a contemplação das experiências vividas.

Aos amigos e familiares sempre tinha palavras de ânimo

E os braços estendidos prontos a ajudar

Cantava como passarinho recém saído da gaiola

Seu repertório era ‘dez’!

Gostava de flores e até podia ser considerada uma espécie: Sempre-viva!

Com suas mãos grandes e fortes, transformava uma comidinha simples em banquete de alegria e gratidão a Deus

Mamãe era uma menina sonhadora...

Pensava em vestido de noiva, príncipe encantado...

Da mesma forma, adulta realista, enfrentava a desilusão

Com a coragem dos guerreiros sempre prontos para uma nova batalha.

E sorria. Como minha querida sorria!

ANA ALCANTARA
Enviado por ANA ALCANTARA em 09/11/2011
Código do texto: T3326219
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