A Praça e o Poeta
A Praça e o Poeta
Marcos Olavo
Essa praça já foi de um grande poeta
Que na época ninguém conhecia.
Ele vivia criando, em uma mesa de concreto,
As poesias ao vento.
Que está coberta, de sujeiras a sua mesa favorita.
Ninguém vai mais a praça,
Está deixada aos ventos e pombos
Que fazem sua parte com o tempo,
Sujando e assoprando em seu momento.
A praça será lembrada sempre,
Mas nunca é visitada,
Pois já foi lá que nasceram poesias,
Em cima de uma mesa branca
Que agora tem poeira.
Na praça existem várias mesas.
Tem uma que é do poeta.
Hoje está mais feia de se ver,
Não se engane com ela,
Já teve o seu valor.
Saiba que um caderno e lápis
Deixava pensamentos nas folhas
Como existisse origem em cada letra
Dando vida aos personagens.
Hoje, nessa mesma praça,
Só há tristeza e frio.
Ela está abandonada,
Não sendo cuidada.
Aviso nessas linhas tortas,
Com o meu destro,
E minhas mãos me guinado
Juntamente com um lápis fiel
As agressivas dores
E significativos versos.
Todos que passarem perto da praça
Lembra-se de um poeta nela visitada,
Que na mesa fazia poesias,
As mais belas palavras conhecidas hoje,
E faça um favor de não evitá-las.
Escrito por: Marcos Olavo
"Nota: Essa praça ainda vive sozinha, sem o poeta nato, sem o Marcos Olavo.
"Espero que um dia vão conhecer a praça do poeta."