terra partida

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Amo-te

mesmo quando há mor te

do tempo em nós

e o frágil mundo da poesia

ao amor se oferece idealizado

Amo-te onde o sereno é o mar,

mar de revoltas e revoltos ventos,

feito voltas que dou em volta do meu medo

em silêncio e espanto.

Feito um cão mendigando achar-se.

Amo-te nos desafios da certeza

- a que faltou existir, a quimera.

Sou incompleto, incoerente, inseguro...

Estou sempre no mergulho do que é transe,

buscando nos vazios de teus vagos

amar-te a negação, desterrado,

no desterro da nau que sem pátria

ateia-se fogo e se exila.

Minha terra em partida,

minhas faces perdidas.

Patricia Porto

Patricia_Porto
Enviado por Patricia_Porto em 30/10/2011
Código do texto: T3307563
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