As veredas do meu coração, a brisa, as saudades...
 

Pelas veredas do meu coração
o vento passa soprando frio...
 
Porque ele é feito de pétalas
e, mesmo que a brisa passe de mansinho,
desfolha e leva  porque pétalas são leves.
 
É como ninho de pássaros,
abrigando com cuidado cada avezinha residente.
Mas, quando o vento passa
soprando mistérios, sussurrando promessas,
leva consigo o mais assanhado e aventureiro.
 
É que ele é feito de sonhos (bobos, lindos)
que voam, que protegem,
ignorando as horas, vencendo distâncias...
 
Vai-se com o vento... Vai-se... 
Vai-se apenas.
Deixa-se levar sem destino na ânsia de estar por perto.
 
Bem maior que as intempéries, é um oceano revolto,
mas de brisas cálidas e aconchegantes,
de ventos leves,
com barcos à vela singrando as saudades...
(Saudade que dói, saudade que entende.)
 
Ah, esse meu coração de ínfimas sendas!
Que chora e resiste, que pulsa, que queima,
que teima em doer...
Transborda de noite, transborda de dia
em fontes perenes repletas de amor!
...
Pelas veredas do meu coração
o vento passa soprando frio... e levando saudades.


Lourdes Braga Fracalossi


Que Deus esteja sempre iluminado seus caminhos num abraço infinito e assim protegendo suas asas no voo da vida.

Amor imenso,
Coisas de mãe