SOFRO... SUA...

SOFRO SUA ausência

E tento a todo custo

Esconder essa carência

Sabe. ...Deixá-la em desuso

Mostrar-lhe meu lado certo

E descobrir todos os dias

Que ele não poderá existir

Sem que antes me oferte

O lado necessário!

O qual possa suprir e acalmar

A necessidade do escritor

Coitada... Não imagina a dor

Dessas palavras escolhidas

Pensadas e suprimidas

Ausentes em outrora

Pois me faltou a coragem... Verbal

Não demonstre comigo

Cansaço, piedade ou ternura

Prefiro a selvageria

Fria, seca e crua!

Que seu misterioso olhar... Oculta

Faz comigo um desentendimento

E posso lutar destemido

Seguir a risca todo juramento

Dos enamorados a moda antiga?

Os quais nada sentiam além do

Infinito e voraz amor verdadeiro!

Esse jovem quer ser prisioneiro

Da Dama das Camélias urbana

Um servo subjugado por sua ama

Que nada quer além da liberdade

De poder senti-la e poder amá-la

José Luís de Freitas
Enviado por José Luís de Freitas em 28/12/2006
Código do texto: T330085
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