VÔO PROFUNDO
(Sócrates Di Lima)
Abro a janela da minha manhã,
Grades parecem prisão,
E a brisa traz o cheiro da maça,
Sentida mesmo que na escuridão.
Então solto o meu pensamento,
Sinto a minha pópria transição,
Saio de mim nesse momento,
Há algo álém da imaginação.
Fecho os olhos ainda entre abertos,
Sinto a fragrância do perfume no ar,
Me solto, viajo, ventos dos desertos,
Sinto calafrio, a alma arrepiar.
Pego carona nas asas do vento,
Meu corpo levita,
Saio de mim nesse momento,
De suspiro minha alma grita.
Viajo incosnciente....
Vou além fronteira,
Meu coração consciente,
Ri...suspira....veleja sobremaneira.
Então vou mais além, insano,
Sinto algo crescer de dentro para fora,
As mãos correm o teclado do piano,
E a chuva umedece o corpo, a alma implora.
Olhos vendados pela escuridão do pensamento,
Luzes claream como o farol do fim do mundo,
E nesse inequivoco momento,
Vôo alto, longe...profundo.
Ali está o paraíso,
Repouso meu corpo cansado,
E nos braços da saudade um aviso,
- Não volte...o coração está acorrentado.
(Em 24/10/2011 - Registrada)