O meu arcadismo ll
Embaixo da sombra do tempo
Observo os animais a pastar
Ouço as rimas das cachoeiras
Um pássaro livre a cantar.
Minha deusa em formas de sonhos
Em uma libélula a surgir
A brisa beija meu rosto
A dor de um triste partir.
No rio sinuoso, a folha do tempo se vai
A pastorinha vestiu-se de fadas
E de minha memória não sai.
Acordado na imensidão vazia
Tecendo a rede do tempo
De volta no arcadismo pasto no sofrimento.
“Destes penhascos fez a natureza
O berço em que nasci: oh quem cuidara.
Que entre penhas tão duras se criara
Uma alma terna, um peito sem dureza.”
Cláudio M. da Costa.