ll. Ao AnJo dE oLhoS aZuiS .ll

Tu* estiveste distante,

Sabias(-me) também

ReVoAdA...

Mas somos almas aladas,

Quase infantes,

Somados donos das madrugadas...

Em meu caminho errante

Todas as nuvens caladas

- tão densas e acinzentadas -

Roubaram meus olhos pesados...

...agonizantes...

E vi das baças janelas

Tuas formas angélicas,

Minhas formas gélidas

E um passo entre nós...

Portas, escadas, pontes,

Memórias e ecos distantes,

Palavras dissonantes,

Concreto a se dissipar...

Mas quando ergo o olhar

Estás tu sempre em guarda...

E teus olhos glaucos cintilam

Em tons tais celestiais

Que resgatam e rutilam

Meus olhos verdes mortais...

E o peito retumba esperança

Tal como fora a criança

Que outrora deixaste correr...

É por que há diferença

E a diferença é o cimo a gritar:

Tua grandeza, meu rastejar...

Dá-me tuas mãos caridosas

Beijo-as e planto-lhes rosas

Pelo perdão que estás a doar...

Sabes, meu anjo, és gigante

Enquanto à mercê sou ambulante

Desta vida que pisoteia meu ser...

Sabes, meu anjo, és brilhante

E sem teu brilho

Meu rumo haverá ser perecer...

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* Também sinto falta de ti.

ll PaRaBoLiKa ll
Enviado por ll PaRaBoLiKa ll em 17/10/2011
Código do texto: T3282858
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