Mamãe
Setenta e três dias sem você...
Há uma dor indescritível que me dilacera...
Caminho nesta terra agora sem chão
Os tropeços nas lágrimas são inevitáveis...
Meu coração sangra a dor da separação
E minha face fica borrada pela saudade...
Mas é preciso seguir...
Estanco a dor com as lembranças do seu carinho
Lavo minha face com as águas do seu eterno amor
Caminho sem pressa...
Deixo-me ir pouco a pouco ao seu encontro
Entrego-me ao tempo como uma folha ao vento
Suporto firme a tempestade e o lamento
Até que chegue o momento predestinado
E o meu corpo também volte ao seio da terra
E meu espírito renasça junto ao seu no jardim da eternidade...
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