O QUE SINTO

Caminhava pela praia

Areia branca, mar azul

Pés propositalmente descalços

Olhar ingênuo, deslumbrado.

Bela paisagem, sons divinos

Espírito e corpo em sintonia

Mão afagando a matéria

E a alma afagando o peito.

De repente, algo me atinge

Causando-me imensa dor

Por fora, mar sereno

Por dentro inundação.

Alucinações recorrentes

Intrigantes sensações

Às vezes paz

Às vezes inquietação.

Lembranças me invadem

Pessoas fazem-se presente

Algumas lágrimas, alguns sorrisos

E só depois a dor se finda.

Fica apenas uma imagem

Na mente, faz-se um retrato

Tão belo quanto a praia

Tão nítido quanto o brilho do sol.

No olfato, um perfume familiar

No coração, um calor confortável

No corpo, um abraço amigo

Na alma, um acalanto maternal.

Num impulso, fecho os olhos

Buscando uma resposta de Deus

Então o vento sopra-me baixinho:

Acalma-te menina

O que sentes é só saudade.

Lenier
Enviado por Lenier em 09/10/2011
Reeditado em 14/10/2011
Código do texto: T3265891
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