NO SILËNCIO DE MINHA ALMA
Hoje pensei muito em vocë.
Olho o passado e não posso acreditar,
É difícil para mim esquecer!
Desejaria que tudo
Tivesse sido um sonho,
Pois assim não poderia imaginar
A realidade de ver vocë,
Em meus braços.
Vocë continua vivendo em minha imaginação
Tudo desaparece, vocë não,
Cada vez sinto-o,
Mais perto de mim.
No entanto, sei que já
Não posso acalentar a grata
Esperança de uma ilusão.
Infelizmente é a dura realidade...
Contudo... ainda espero por vocë.
Enquanto espero,
Ficarei vagando,
Dentro do meu inútil sonho,
Idealizando como seria feliz,
Se vocë fosse meu...
Para encher a minha existëncia
De alegrias, com suas palavras,
Palavras enternecedoras,
Que continuam vivendo em minha imaginação,
Fazendo viver, meu sonho,
De inútil espera...
Mas vocë não vem... e não virá!
E, se viesse, em tempos futuros,
Já com sua imaginação
Fértil, alquebrada pelo tempo,
Pela realidade da vida
Com tristeza vë-lo chegar tarde.
Chegar tarde...
Tarde na minha vida,
Porque neste silëncio de minha alma,
Jamais lhe poderia dar a felicidade
Que almeja,
Jamais lhe poderia amar como anseia.
Ainda mesmo que os sonhos,
Sonhos quiméricos continuem,
A enlevar meu coração de maravilhosas visões,
São, pois, as minhas ilusões,
Apenas as recordações de meu amor,
Que se foi...
Que desapareceu no crepúsculo,
No crepúsculo da vida
Que se foi...
E com ele foram-se,
Todas as ilusões,
Para cederem lugar,
À dolorosa realidade da vida...
Tudo desaparece, porque tudo,
Tudo é transitório.
Mas vocë continua na minha saudade,
Porque, apesar do silëncio,
Silëncio de minha alma,
Vocë viverá...
Sempre na minha recordação