Quem...? Uma Dedicatória ao Idoso

Quem me dará um abraço apertado quando me sentir só.

Quem me dará um beijo em meu rosto para

Dizer-me que me quer bem.

Quem pode me dar atenção, quando todo mundo passa

e nem me olha que estou sentado numa cadeira de balanço,

Esperando o tempo passar.

Quem poderá em muitos momentos da

Minha vida estender suas mãos?

Quem me enxergará nas noites escuras,

Sem luz num quarto escuro,

Sem o brilho da lua em plena escuridão.

Quem pode diante dos infortúnios da vida

Preocupar-se se tenho comida ou não.

Quem poderá me auxiliar de alguma forma,quando já não tiver mais idade para trabalhar, com as vistas cansadas e não poder mais enxergar, e as mãos fracas nenhum peso pode pegar.

Quem me dará, quando estiver triste num canto,

Quando sentir falta dos filhos, dos amigos, e eu no meu canto,sentindo-me só,sem ninguém para um carinho me dar.

Quem poderá ouvir-me contar as histórias, as experiências,

as lutas da vida, de sonhos, de momentos que ficaram esquecidos pelos anos de vida, que ficaram para traz,

e agora ninguém me escuta, porque o tempo já apagaram da mente e agora as histórias não consigo mais lembrar.

Quem poderá me auxiliar, me tomando pelas mãos, levar-me a um passeio, ou outro lugar qualquer se já quase não consigo mais andar, as pernas tremem difícil para ouvir e até de caminhar.

Quem pode lembrar-se de um pai ou uma mãe que fez tudo pelos filhos

e agora sozinhos, deixados e abandonados

a sorte de alguém para amar.

Quem pode lembrar-se dos pais esquecidos nos asilo e lá deixados

Para morrer a míngua sem ninguém para amar.

Onde está aqueles que podem ser solidários, serem mais humanos, mais amigos, mas carinhosos,

Mais amorosos, com os velhos (as) que já teve o seu tempo,mas o tempo passa a idade avança,deixam marcas, suas experiências, suas histórias que a vida pode alguém lhe ensinar.

Quem se lembrará do ancião, já cansado da enxada que foi sua ferramenta de trabalho, que sustentou sua família,

Que deu o pão para quem necessitou, e nunca se envergonhou

Dos calos mãos de tanto trabalhar.

Quem poderá contar as histórias, as façanhas, que nas noites

Frias, se levantou ainda muito cedo para poder ir trabalhar,

e ganhar o pão de cada dia, e a tarde voltar, cansado do trabalho do dia,regressando à família, que tanto sabia amar.

Quem pode contar os dias do idoso, que esquecido pelos cantos, vivendo de uma triste vida de não mais poder trabalhar,

Restando-lhe apenas poucos recursos que a miserável, pensão lhe dá.

Onde esta aquela que pode enxergar o velhinho (a) que já não pode mais sair as ruas pela manhã e a tarde não ir mais a venda comprar.

Onde esta aquela pessoa carinhosa que com alegria trazia fardos de roupas na cabeça, que levava para casa lavar, ajudando assim nas despesas da casa comprando comida, às vezes o pão,

Doces para as crianças se alegrar.

Quem poderá cobrir de frio, um ancião, que tristemente

No seu lamento, deitado em uma cama, esperando o tempo passar, pois seus dias esta no fim, sua idade são avançados,

Da vida já não pode mais nada esperar.

Quem poderá dar amor, para o ancião que no final de seus dias, esquecendo que nossas vidas é um breve momento.

Que nascemos,crescemos, ficamos adultos, mas com o passar do tempo, ficaremos velhos, as vezes doentes, sem ninguém para amar.

Quem irá se lembrar de visitar um idoso, de dar amor e carinho, e quando ele se sentir sozinho pelo menos um sorriso nos seus lábios sem dentes, do seu olhar já cansado pelo tempo poderá então brilhar.

Quem lhe irá estender as mãos e segurar suas mãos cansadas para lhe ajudar.

Quem...?

Onde esta você que apreendeu amar o vovô, ou a vovó, que sorriu que chorou que brincou e pode te amar.

Que a vida lhe deu de presente para te ensinar e amar.

A gente nasce, cresce e ficamos mais velhos e o tempo nos faz

Ser mais um esquecidos nas multidões, ou nos hospitais, ou nos asilo, ou jogados num quarto qualquer, isolados da vida, porque dizem assim..ele(a) dá muito trabalho, mas esquecemos que mesmo assim o velhinho(a) já foi alguém muito especial quando ainda era jovem, quando ainda era moço e tinha forças

Para viver e podia tantas coisas fazer.

Mas agora no seu lamento cansado pela idade, deixados de lado, ou quem sabe esquecidos pelo tempo,

nem pelo nome conseguem mais chamar.

Onde está o vovô e a vovó, que juntos construíram, famílias, gerações, netos, bisnetos,

Mas que o tempo não pode apagar os grandes momentos de carinhos de amor, que eles nos deram, quando ainda não sabíamos muitas coisas na vida,mas eles com paciência souberam nos ensinar.

Mas a vida tem o seu tempo que passa, onde está o vovô, ou a vovó, as lembranças ficaram no coração, e na parede da sala uma fotografia que guardamos para pode lembrar.

O tempo pode passar, mas a idade pode até avançar,

Mas uma coisa é certa.

Todos nasceram, crescemos e nos tornamos adultos e com o passar dos anos, velhos também vamos ficar.

O que plantamos quando ainda somos jovens, e quando ficarmos velhinhos é a semente que plantamos que vamos colher é o que o tempo de vida nos ensina a semear, colher e de novo plantar.

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