Velha estrada.

Por trás da serra aponta o sol devagarinho

Vem de mansinho a clarear o amanhecer

Velho ribeiro atravessa a mesma estrada

Belo regato! Vivi sempre a correr.

As flores sobre os campos se baldeiam

A brisa mansa beija as pétalas coloridas

O velho desce a ladeira de um passado

Cantarolando alguns versinhos de amor.

Cheiros de flores se esparramam no caminho

A natureza se desnuda sem pudor

Dançam as arvores com um coro de passarinhos

Na sinfonia de um vento que chegou.

A curva esconde a velha casa abandonada

Desarrumada pelo o tempo que passou

Tem nas janelas ainda que desbotadas

Ali cravadas as marcas de um amor.

Edivaldo Mendonça
Enviado por Edivaldo Mendonça em 05/10/2011
Reeditado em 20/03/2013
Código do texto: T3258746
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