SAUDOSA MACAU!
Minha Saudosa Terra,
A tua Beleza Ocidental
Ofusca
Todos que por ti passam
És bela
No teu amanhecer
Coberta com o teu manto de sal
Onde espreita, O Sol
Ouço, por vezes,
Nas minhas recordações,
O tilintar dos cantares dos sabiás e
dos pardais.
Os aluguéis nas bicicletas do Senhor
Agripino que me transportavam
pela rua do “poço”
Onde eu passava as minhas horas vagas
MACAU,
Recorda o cantar das tuas cigarras,
Nas tardes quentes de verão,
O clamor dos vendedores de carne,
No mercado velho e que ainda hoje,
Me sacodem a Alma!
Como eram graciosas
As barracas espalhadas pelas ruelas
A fervilhar de gente,
Onde eu saboreava as tuas especialidades Macauense,
Como carne de sol de Caicó, toucinho,
Feijão verde, tapioca e mangunzá de Maria Damiana,
As tuas noites quentes
Onde se via as barcaças atracadas lá fora
Balançados suavemente pelas ondas dos teus mares
E iluminados por candeeiros suspensos,
Como que unidos ao azul do Céu
MACAU!
Sabendo que um dia me vais deixar,
Com esta Saudade imensa
De tudo o que tens de Bonito,
Esta Saudade que me vai Corroer
Durante os dias da minha vida,
Sabendo que nada posso fazer
Para te conservar
Limito-me a sonhar e a manter
As recordações mais belas
Que de ti, para sempre
GUARDAREI!!