NUNCA É O BASTANTE
Seu sorriso espalha estrelas
A energia cósmica da juventude
Estar estampada no vigor
E numa imagem nítida da vida.
A esperança nadando junto
Nos remansos da inocência
Cativando até os solitários
Que por acaso caminham.
Se houver mesmo a eternidade
Este momento será moldurado
Na tela cinza de um belo dia
Na simplicidade de um lugar.
O vento carregando chuviscos
O ronco do motor é semelhante
A uma triste e simplória melodia
Pingos na viseira parecem lágrimas.
Felicidade sem ônus e bônus
Cultuada pelas mãos frágeis
Pelo olhar cansado do tempo
No encontro de duas gerações.
Um nascido de dentro do outro
Um obedecendo às ordens ditadas
Pelos lábios cansados e experientes
Um abraço equilibrando os papéis.
Com a ligação sanguínea em ordem
Pé na estrada e chuva na pista
Felicidade pela alegria infantil
E triste pela saudade da amada.