POESIA, LÁGRIMA E SANGUE
Na linguagem do fatal, a sombra da poesia me disse:
- vá poetinha moça... Vai arrastando
Teu vestido branco, brancume.
Segue altar à frente. Passos pesados.
Diga sim. Depois cála-te...
“Há, poetinha moça!”
Quantas rimas fazias?
Casou-se com o silêncio
Brandou a poesia em seu próprio ventre.
Nos olhos um olhar,
No olhar um vazio,
E no vazio verteu uma lágrima
Feita de fogo e sangue.
E nela brotou a poesia
Depois ofereceu ao céu e ao vento
Na voz do homem.
Há poetinha moça!
Quantas rimas farás?