O cheiro que tinha um dia o próprio vento...

Disse-me, eu ouvi, que...

sentiu saudade do cheiro, do perfume

Sabe por quê?

Porque no cheiro ficou a essência extraída

A embolia, que permitira o tato

A impressão (a marca) que atingiu o olfato

E deixou seu rastro

Seu bom gosto, boa aparência

Bom indício, bons 'ares'

E não tem cheiro de mentira, tem sentido

Tem fragrância ('Duft')

Na ânsia de voltar...

pelo faro

Me fez lembrar...

"No fim tu hás de ver que as coisas mais leves são as únicas

que o vento não conseguiu levar:

um estribilho antigo

um carinho no momento preciso

o folhear de um livro de poemas

o cheiro que tinha um dia o próprio vento..."

-- Mário Quintana --

Dotty
Enviado por Dotty em 08/09/2011
Reeditado em 29/09/2013
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