O cheiro que tinha um dia o próprio vento...
Disse-me, eu ouvi, que...
sentiu saudade do cheiro, do perfume
Sabe por quê?
Porque no cheiro ficou a essência extraída
A embolia, que permitira o tato
A impressão (a marca) que atingiu o olfato
E deixou seu rastro
Seu bom gosto, boa aparência
Bom indício, bons 'ares'
E não tem cheiro de mentira, tem sentido
Tem fragrância ('Duft')
Na ânsia de voltar...
pelo faro
Me fez lembrar...
"No fim tu hás de ver que as coisas mais leves são as únicas
que o vento não conseguiu levar:
um estribilho antigo
um carinho no momento preciso
o folhear de um livro de poemas
o cheiro que tinha um dia o próprio vento..."
-- Mário Quintana --